O Paradoxo do Criativo
Descubra os 6 hábitos essenciais que vão revolucionar sua capacidade criativa, permitindo que você encontre o equilíbrio entre disciplina e inovação.
Você já sentiu que precisa de mais estrutura para ser criativo, mas ao mesmo tempo anseia por mais liberdade? Se sim, você não está sozinho. Esse é o paradoxo da criatividade: a tensão entre limites que impulsionam e a liberdade que inspira.
Paradoxo é uma conclusão contraditória de um conjunto de premissas verdadeiras.
E se você não entendeu, eu te explico.
O paradoxo da criatividade é uma ideia que sugere que a criatividade pode ser tanto facilitada quanto inibida por fatores específicos.
É a coexistência de dois aspectos contraditórios:
a necessidade de estrutura e limitações para promover a criatividade e, ao mesmo tempo;
a necessidade de liberdade e flexibilidade para permitir a expressão criativa.
E todo mundo que um dia teve que criar algo já passou por isso.
Falamos sobre isso na parte 1 dessa série:
Na parte 2 nós definimos o que é e o que NÃO é criatividade.
Agora que já entendemos o que é o paradoxo, o que é e o que não é criatividade, vamos ver 2 coisas que precisamos fazer pra escapar desse buraco negro criativo.
Períodos de Inatividade
Pra ser criativo é preciso algo incrível: CRIAR.
É preciso criar e deixar as pessoas avaliarem, aí você analisa, reajusta até chegar em bons resultados.
Só que só agir… só criar não é suficiente.
Pra ser criativo de verdade você tem que saber a hora de NÃO agir.
Quem tá sempre ocupado não tem tempo de inovar.
Não tentar ser criativo
É melhor criar as condições necessárias pra que a criatitividade surja naturalmente.
“Ah, mas eu não tenho tempo, eu preciso ser criativo agora, tenho prazos.”
Aqui estão 6 hábitos fundamentais que você deveria fazer e evitar fazer para criar mais e melhor.
Cultive a integração entre trabalho e vida pessoal
O conceito de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal acaba gerando uma ideia de que você precisa de uma compensação.
Ou seja, se trabalho e vida são coisas diferentes, então uma coisa precisa compensar a outra.
Eu entendo que essa integração entre trabalho e vida se retroalimenta.
🔑 O tempo que você passa cuidando de si mesmo, do seu corpo, da sua mente, do espírito, dos relacionamentos e etc é parte essencial do seu trabalho. E o tempo de trabalho também alimenta a vida pessoal.
Isso não é desculpa pra você se atolar de trabalho e nunca descansar.
Mas grandes figuras de sucesso nutritram um grande prazer em seu trabalho, ambição pelo sucesso e uma capacidade inspiradora de se concentrar.
E aqui vamos pro segundo hábito:
Reduza os estímulos
A gente vive na era da hiperexposição à informação. Tudo ao nosso redor nos comunica algo. Toda hora a gente é atingido por algo querendo chamar a nossa atenção utilizando todas as técnicas possíveis de atração.
Os impactos disso a gente ainda não sabe com precisão.
Mas eu tenho um palpite (meio óbvio) de que essa hiperexposição a estímulos constantes atrapalha a criatividade.
Às vezes, pra criar é necessário focar.
Mas como focar se vivemos na era da distração?
Atualmente o ser humano tem a capacidade de atenção menor do que um peixinho dourado. Nossa atenção dura 8 segundos, enquanto a do peixe dura 9.
Várias coisas contribuem pra isso. Por exemplo 43% das pessoas olham o telefone em até 5 minutos depois de acordar.
Eu toda hora me vejo incomodado só por esperar um elevador, aguardar numa fila ou alguém sem pegar rapidamente o celular pra passar o tempo. O tempo ocioso parece insuportável.
E o excesso de informação pode ser exatamente o que está limitando sua criatividade.
Pessoas criativas reduzem os estímulos, gerenciam bem o conteúdo que consomem e sabem não consumir algo e entendem que ideias precisam de espaço livre para surgir.
💡 Se sua mente tá lotada de informação que não te ajuda a construir a sua ideia, como vai ter espaço pra a sua ideia se desenvolver?
Algumas dicas rápidas pra reduzir os estímulos:
limitar as notificações do celular, silencie alguns grupos, desative pop-ups, o som (se puder);
se permita ficar um pouquinho sem fazer nada, sem se culpar e então…;
…nesses momentos de ócio deixe seus pensamentos fluírem e te levarem a algum lugar;
selecione conteúdo, escolha com critério o que você vai assistir. Pode ser entretenimento, pode ser informação, mas não assista tudo. Priorize seus favoritos. Ou seja, tenha foco. E aqui vamos pro terceiro hábito.
Ajuste o foco
Parece óbvio, mas é necessário focar, às vezes por horas.
No início não vai sair nada, mas estimular o cérebro e tentar, sem sucesso aparente, é fundamental.
Focar em algo sem distrações vai te proporcionar resultados incríveis.
Só tem que ter cuidado, porque quando você focar em algo, certamente você vai se sentir travado, sem sair do lugar.
E aí, acontece comigo e eu sei que acontece com você: a gente acessa o celular ou abre uma nova aba no computador, como uma fuga, procurando algo que a gente nem sabe direito o que é.
Mas a verdade é em 99% das vezes a gente trava porque tá querendo criar e julgar ao mesmo tempo.
“Aprenda a hora de alternar a chave entre ser crítico do seu trabalho e ser o fã incondicional dele.” — Raphael Accete
Artistas que buscam a perfeição em tudo são aqueles que não conseguem alcançá-la em nada.” — Eugène Delacroix, pintor francês.
A National Geographic publicou um estudo de neurociência que mostrava que músicos, quando estão improvisando, conseguem bloquear inconscientemente os mecanismos de autovigilância dos seus cérebros.
Ou seja, nos momentos em que você parar pra criar algo, se você quiser destravar a criatividade, você tem que parar de se julgar.
Eu falo um pouco sobre isso no meu texto sobre Perfeccionismo Criativo, que você pode acessar aqui:
Aceite errar, ajustar, tentar e simplesmente comece a fazer.
A gente ainda vai ver 3 hábitos na próxima newsletter:
o amigo pra toda hora
o treinador que nos impulsiona
entenda a Não-Ação
E sobre eles eu falo na próxima semana pra a gente concluir essa série sobre o paradoxo do criativo.
Até semana que vem.
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