Eu descobri que criatividade não é só inspiração.
Eu tive um estalo quando percebi que vivia num caos de ideias soltas e nenhum resultado prático. A gente tá sempre repetindo “Só preciso de uma ideia genial”, mas a verdade é que a desorganização interior sabota qualquer possível ideia.
Picasso me ensinou isso, e eu quase não acreditei em como tudo ficou mais fácil quando segui o mesmo processo de simplificação que ele usou em “O Touro”.
Fica aqui comigo que eu vou te mostrar como fazer isso sem pirar no meio do caminho.
Você pode ser criativo de forma simples.
Eu sempre ouvi que criatividade é um ato espontâneo, mas Picasso me fez enxergar que por trás de cada obra existe um método.
Ele desenhou um touro em detalhes e, em 11 variações, reduziu tudo até chegar a um contorno elegante e minimalista — e isso é pura intencionalidade. No fundo, não se trata de acumular ideias, mas de aprender a filtrar, cortar o excesso e focar no que realmente importa.
Ele deixou só a essência do touro em pouquíssimos traços.
É por isso que eu costumo dizer que um “segundo cérebro” digital (como o Obsidian) faz o mesmo serviço:
elimina ruído e realça o que é essencial pra você criar com clareza.
É um erro acreditar que mais é sempre melhor.
Você provavelmente já tentou guardar tudo: cada link que achou interessante, cada arquivo, cada anotação solta. Essa bagunça digital suga sua energia, te afoga em notas irrelevantes e te faz perder tempo caçando informações que deveriam estar na mão.
É como se fosse um touro gigantesco cheio de detalhes, mas que você nunca entende por completo. Olha o que muita gente faz:
Coloca cada pensamento em mil lugares diferentes e depois se desespera atrás deles.
Cria pastas sem fim, achando que organização é multiplicar categorias.
Mistura notas pessoais com estudos, metas de vida com dicas de receita, tudo no mesmo bolo.
Fica com pena de deletar qualquer coisa, temendo perder “aquele insight precioso”.
No final, você tá sempre cheio de projetos inacabados, cansado e sem coragem de sentar pra criar algo novo.
Menos pode ser mais quando você sabe o que cortar.
Picasso fez isso no papel; você pode fazer na sua mente e no seu segundo cérebro digital. Se ele conseguiu reduzir um touro inteiro a um traço simples e poderoso, imagine o que dá pra fazer com as suas ideias quando você adota um processo de triagem e conexão.
O Obsidian, por exemplo, permite que você registre o bruto, refine, descarte o inútil e, no final, conecte os pontos sem o peso do excesso. Dá pra começar com um sistema simples:
Crie uma “caixa de entrada” onde joga tudo que surge na cabeça.
No fim do dia ou da semana, revise, tire o que não faz sentido ou tá duplicado.
Faça links entre as anotações que realmente tenham afinidade e vá reunindo insights num lugar único.
Pergunte a si mesmo: “Qual parte disso realmente importa pro que quero criar agora?”
A mágica acontece quando você percebe que não precisa de volume, mas de clareza.
Conclusão
Já começa hoje a simplificar.
A partir de agora, assim que você abrir seu app de notas ou o Obsidian, prioriza essa pergunta: “O que realmente serve pro meu propósito, e o que é só ruído?” É como se você pegasse o touro de Picasso e removesse cada linha desnecessária até surgir a essência.
Eu recomendo que você faça essa limpeza 1 vez por mês pelo menos, mas se for 1x por quinzena é ainda melhor. Você vai sentir a diferença na hora de ter novas ideias ou finalizar um projeto que tava travado.
Não deixe seu criativo interior ficar sufocado em anotações inúteis — simplifica e vê como tudo flui muito melhor.