chega de páginas em branco
o sistema de registros diários que mudou a forma como eu encaro a vida
Vamos falar sobre journaling.
Mas o normal que você vê por aí é:
“journaling e tal coisa mudou minha vida”
“o sistema de registros que vai mudar sua vida”
E, você deve estar pensando: "mas não é exatamente isso que diz no título do texto?"
E aí você se senta em frente a uma página em branco (digital ou não) pra começar e... "por onde eu começo?"
Começo com "querido diário"? Falo sobre meu dia? Sobre minha infância? Posso usar isso como lista de compras? Isso serve pra gerenciar as tarefas do meu dia?
Talvez você até tenha um sistema de journaling, mas isso não fez muita diferença na sua vida, mas você ama fazer isso e gostaria que fosse mais relevante do que simples desabafos a um caderno.
Então...
Esse texto é pra você.
Existem centenas de técnicas diferentes de journaling e, claro, você sempre pode criar mais uma, adaptando pro seu uso.
Mas alguns métodos são bons, outros nem tanto.
Journaling é como um espelho da mente. Quando você escreve, é como se
colocasse seus pensamentos na mesa para enxergar com clareza o que antes
estava embaralhado.
Já tentou organizar uma gaveta cheia de papéis? No início, parece uma
bagunça sem fim. Mas, à medida que você tira tudo, separa por categorias e
devolve ao lugar certo, a sensação de alívio é incrível.
O journaling faz isso com suas ideias e emoções.
Se você já começou um diário e desistiu porque não sabia o que escrever ou
sentiu que ele não fazia diferença, isso é normal.
O que você precisa é de um método. É aí que entra o Método PENSO, que organiza sua escrita em cinco pilares: o primeiro deles são os Planos.
os 5 itens do PENSO
planos
Aqui eu divido em dois itens
Meu dia (visão micro) - aqui eu uso a pergunta "o que faria o meu dia perfeito?" pra delimitar com que tipo de acontecimento eu chegaria ao final do dia com o sentimento de "taí, hoje foi um dia bom".
Minha vida (visão macro) - basicamente eu dou vazão àquilo que tá na minha mente com a pergunta "qual a grande ideia que eu estou pensando hoje?", o que normalmente envolve um plano maior, de mais médio e longo prazo.
Normalmente eu linko com alguma nota do meu #obsidian e reflito "o que me impede de colocar essa ideia pra frente?".
Você passa a observar que muitas vezes não tem nada significativo que te impede de começar um novo projeto ou retomar um antigo, que muitas vezes é pura acomodação ou falta de prioridade.
E quando você tem obstáculos grandes que realmente te impedem, você tira um peso dos ombros, aquela culpa por não conseguir botar algo pra frente, porque agora você SABE o que motivo que te levou a esse atraso e, sabendo, fica mais fácil resolver esse problema.
espiritualidade
Pra muitas pessoas, a espiritualidade é o alicerce da vida. No journaling, ela encontra espaço para crescer e se integrar ao cotidiano.
Eu gosto de me pergunta: "Como posso agradar a Deus hoje?". Essa reflexão transforma até as tarefas mais simples em atos de propósito e significado.
Ao anotar pensamentos espirituais, você encontra clareza sobre decisões, fortalece sua fé e percebe como sua espiritualidade impacta todas as áreas da vida: trabalho,
relacionamentos e até saúde.
Está intimamente ligada a todos os outros itens e por vezes eu acabo misturando e tudo bem. Pode misturar.
Eu não concordo com quem diz que separa a espiritualidade das ações seculares.
Minha cosmovisão, as lentes com as quais eu enxergo o mundo sofrem interferência direta da minha fé em Cristo e isso afeta:
meu trabalho
minhas relações
minha forma de enxergar a saúde
meus planos
tudo.
E em todos esses itens a pergunta que permeia é "como posso agradar a Deus?".
É por isso que eu devo viver todos os dias. O fim principal do ser humano é glorificar a Deus e aproveitar a dádivas dEle pra sempre.
Por isso, eu tento me aproximar dEle todos os dias.
necessidades
Eu faço isso pra garantir que obrigações não sejam só pensamentos desconfortáveis com coisas que eu preciso fazer, mas não vou ao longo do dia.
Obrigações podem ser como pedras no sapato, incomodando durante o dia.
Transformá-las em objetivos claros é como tirar o sapato, ajustar a meia e
seguir mais leve.
Quando eu registro, acontece algo parecido com o desabafo. Eu tiro da minha mente algo ruim e coloco em outr lugar. Eu não quero a minha mente ocupada com isso, como se fosse um martelo dizendo "você precisa fazer isso", "já fiz aquilo?".
Alguns métodos de journaling colocam isso como uma parte fundamental, mas eu vou passar rápido por ela porque eu não uso. Minha parte de obrigações se resume à pergunta:
O que faria meu dia perfeito?
Normalmente eu acabo colocando duas coisas:
mínimo aceitável
ideal possível que me satisfaria
Isso é bom porque te motiva, cria um impulso pra você fazer o que precisa, mas sem te frustrar por ter listado um monte de coisa que não vai conseguir fazer.
A ideia aqui é as metas serem baixas mesmo, pra você conseguir fazer e terminar o dia com a sensação de missão cumprida.
Seja mais gentil com você mesmo. Tem dias que são realmente muito difíceis e a gente só quer estar escondido, deitado, sem fazer nada.
Nesses dias é muito bom saber qual é o mínimo que você precisa fazer. Não despreza a dopamina que o “check” na lista causa.
Mas esse texto já tá ficando muito grande pro e-mail, então, eu vou deixar os outros 2 itens pra a próxima semana.
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Te vejo na semana que vem.
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