Demitido da própria empresa, Steve Jobs descobriu que cair do topo às vezes pode ser o melhor atalho pra subir de novo com mais força.
Jobs viveu duas quedas importantes em sua vida.
Primeiro, largou o Reed College, mas ficou como “aluno clandestino” frequentando só as aulas que ele tinha interesse — como caligrafia — algo visto como inútil por muita gente.
Segundo, foi chutado da Apple em 1985, a empresa que ele mesmo criou. Perdeu prestígio, salário, crachá. Mas ganhou, sem perceber, o espaço mental necessário pra ligar pontos soltos: a tipografia elegante que ele aprendeu na faculdade, a fome de design refinado, a coragem de começar do zero (NeXT, Pixar). Uma década depois, quando voltou à Apple, esses pontos viraram iMac, iPod, iPhone.
Ele disse no discurso que fez em Stanford em 2005 o seguinte:
Você tem que confiar que os pontos de alguma forma se ligarão no seu futuro.
Eu e você também colecionamos derrotas, quedas de escadas, empreitadas mal sucedidas e cursos largados. Mas e se tudo isso for matéria-prima do seu maior projeto, desde que você saiba filtrar, organizar e conectar os pontos?
A verdade é que hoje a maioria das pessoas vive perdida num labirinto de abas abertas:
Artigo salvo no celular
PDF no Drive
Print no WhatsApp
Ideia anotada no caderno junto com outras coisas
Isso gera excesso de informação, falta de clareza. Já passei por isso, lido com isso diariamente. Mas entendi que criatividade não nasce do caos — nasce de um sistema organizado.
E muita gente segue travada, culpando “bloqueios criativos”, quando, na verdade, isso tem 3 motivos:
Esperar visão total antes de agir
Jobs não viu o iPhone em 1985; viu só o próximo passo. Clareza nasce da ação.Confundir guardar com aprender
Salvar link não adianta nada se não tiver contexto. Toda nota precisa responder “por que isso importa pra mim?”Desprezar curiosidades genuína
Caligrafia parecia inútil — virou diferencial bilionário. A intuição sussurra tesouros que o cálculo ignora. Quem só gosta daquilo que é validado pelos outros não tem expressão própria, não sabe pensar criticamente por si e vive em função do outro, sem clareza. Por isso, é preciso ser autêntico, criar coisas que gosta genuinamente.
Use o Obsidian como seu campus particular. Cada nota é um nó. Cada backlink, um fio. Dessa rede de pontos e linhas nasce o momento “eureka!” que transforma ideia dispersa em projeto concreto. Deixa eu te mostrar um resumo do meu processo diário pra isso:
Filtrar – Capturo coisas que me despertam interesse genuíno. Coisas interessantes que eu penso “taí, preciso guardar isso”.
Sintetizar – Escrevo com minhas palavras, expandindo o assunto, conectando com outras notas, adicionando citações, experiências, links, imagens, desenhos, o que fizer sentido pra a aquela nota.
Criar – Baseado no que filtrei e sintetizei, eu agora consigo criar. Às vezes de forma natural, às vezes com o auxílio da tecnologia.
Isso traz dois ganhos imediatos: leveza mental e velocidade de execução.
Você sabe onde procurar, sabe por que guardou, sabe o próximo passo.
Por que se limitar ao cérebro natural se eu posso ter um segundo cérebro muito mais poderoso, que alimenta o primeiro? É a diferença entre a confusão e a clareza.
Pensando nisso, eu montei um guia mostrando tudo passo a passo, do zero às ideias, ensinando como montar esse Ecossistema Criativo com você.
Tudo que separa o caos das suas ideias e a sua próxima grande ideia é um sistema que liga pontos que seu cérebro natural não vê.
Eu estou conectando pontos. Meus alunos estão conectando pontos e tendo resultados. E você vai desejar ter começado hoje quando você vir o tanto de ponto que você tem deixado esquecido por aí.
Ou você transforma a sobrecarga de informações em ideias. A decisão é sua.
um abraço,
rapha
link do discurso de Jobs na íntegra
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