Ontem vi um rosto piscando pra mim no tostex que queimei no café.
“Ah, pronto, o Rapha tá maluco agora.” Calma, eu sou meio maluco, mas por mais que eu tivesse acabado de acordar, eu estava lúcido e eu tava vendo um rosto piscando. O nome disso é pareidolia.
É a tendência de olhar pra uma forma amorfa e achar que se parece com outra coisa.
É um fenômeno psicológico que faz com que as pessoas vejam padrões ou significados em estímulos visuais que não existem. Por exemplo, é possível ver rostos em nuvens, em tomadas elétricas ou em… tostex (não achei importante o suficiente pesquisar o plurar de “tostex”).
A pareidolia pode ser explicada pela necessidade do cérebro de "resolver" enigmas visuais. Ele não entende o que tá vendo, então pra não gastar energia desnecessária, ele ajusta pra parecer algo conhecido.
Isso explica em partes porque você vê o cavalo na nuvem e a pessoa do seu lado não. Porque não é que a forma realmente se parece, é só seu cérebro tentando interpretar.
Fato é que a nossa mente inventa padrões onde não existem e, mesmo assim, a gente insiste em acreditar que grandes sacadas caem do céu, prontas e perfeitas. Resultado? Pilhas de anotações, mil abas abertas, nenhum projeto finalizado.
E isso me fez pensar:
por que a mesma mente que enxerga carinhas felizes em tomadas não consegue ligar dois pontos óbvios na hora de criar algo que renda dinheiro, impacto, ou pelo menos uma satisfação com algo que escreveu?
Simples. Falta um fio pra costurar tudo. Falta um sistema.
Só que antes de te mostrar como costurar, deixa eu cutucar a ferida.
Seu cérebro tá queimando, virando um tostex que passou do ponto e isso tem 3 motivos:
Confiar no caos disfarçado de “inspiração”
Você acorda com uma ideia incrível e acha que, porque parecia incrível, ela já vem pronta pra virar roteiro, produto, revolução. Quando você depende de lampejos, quando fica dependendo de inspiração cada dia vira loteria criativa; nove em dez vezes sai nulo, e a culpa recai em “falta de talento” ou “bloqueio criativo”, não na ausência de processo.Acumular informação como se fosse figurinhas raras
Salvou 38 PDFs “pra ler depois”, 27 prints de carrossel e mais um monte de links que nunca veem a luz do dia. A gaveta digital vira gaveta do escritório: entulhada, pesada, impossível de mexer sem travar o braço. Esse acúmulo cria a ilusão de progresso – você sente que está “estudando” –, mas na prática só tá congestionando sua atenção. E aí você na verdade entrou numa caça ao tesouro, só que sem o mapa.Ignorar os padrões escondidos
Seu cérebro fica caçando rostos em tomadas porque nasceu afiado pra detectar padrões, é praticamente o “starter pack” de sobrevivência dele. Só que, quando você despeja informação aleatória sem adicionar contexto, data ou motivo, ele fica confuso: tudo parece ruído. E aí ideias que poderiam fazer sentido ficam esquecidas e projetos que precisavam de só um clique simples morrem.
Eu já vivi todos esses tropeços. E o mais louco é que eu consegui resolver isso usando o mesmo defeito cerebral como uma vantagem.
Funciona assim:
Filtrar – Pareidolia seletiva: só entra no seu sistema o que acende uma faísca na minha curiosidade. O resto vira ruído ignorado. E mesmo assim, volta e meia eu preciso limpar minhas anotações com sujeira inútil.
Sintetizar – Você amarra essas faíscas em notas curtas, com suas próprias palavras. Aqui os rostos na nuvem ganham nome, contexto e propósito.
Criar – Você junta as notas como peças de LEGO e monta algo palpável: um roteiro, um post, um produto. O padrão aparece sem esforço, porque você mesmo preparou o terreno.
Quer algo mais tangível? Você pode:
Registrar cada insight no Obsidian assim que ele surge.
Organizar em pastas na Estrutura RAMPA: Registros Diários, Anotações, Materiais, Projetos, Anexos.
Sugerir conexões com links internos automáticos — o próprio software vira uma lente de pareidolia controlada.
Testar a combinação escrevendo rascunhos de 5 minutos.
Operacionalizar publicando ou vendendo o resultado.
Em duas semanas você percebe que a tal “inspiração” é só técnica bem aplicada. E vale dinheiro: alguns alunos meus que criam conteúdo já venderam ebook, roteiro de vídeo e até consultoria usando exatamente esse processo.
Isso funciona porque corta o tempo pela metade e ainda devolve paz mental — porque agora cada rosto na torrada vira matéria-prima de conteúdo.
como essa publicação, por exemplo
Antes de fechar, repita até fixar: “Se eu organizo, eu crio. Se acumulo, eu travo.”
Entreguei de graça o mapa pra transformar ilusões visuais em projetos reais. Mas se você quer ver esse sistema rodando na prática, com templates prontos e automações de IA, o próximo passo é simples: entra no Curso Obsidian Criativo. Lá eu pego na tua mão, configuro teu segundo cérebro e te ensino transformar isso em ideias, soluções, projetos e, se você quiser, em dinheiro — sem depender de inspiração nem de ficar acordado de noite olhando as nuvens.
Se isso fez sentido pra você, o próximo passo é clicar no botão abaixo:
um abraço,
rapha
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