O Que Aprendi Com IA (até agora)
A gente tá vivendo uma era de transformações tecnológicas sem precedentes.
A Inteligência Artificial não é mais uma promessa distante, mas uma realidade palpável que está engolindo todos os aspectos da nossa vida cotidiana e profissional.
Você pode estar cético, lembrar do hype em torno do metaverso que não se concretizou, mas eu vou te expliar por que a IA é diferente e como ela está inevitavelmente mudando o mundo ao nosso redor.
E mais, quero te mostrar que se você não se atentar à revolução que está acontecendo, você vai ser atropelado e nem vai entender o que aconteceu.
Nos últimos cinco meses, eu mergulhei no mundo das IAs.
Fui atrás de estudar, testar e descobrir os detalhes da Inteligência Artificial.
E o que encontrei é uma revolução a todo vapor em andamento, algo que vai muito além de uma moda que vai passar.
Algo que já tá impactando profundamente a forma como a gente faz 3 coisas:
trabalha
aprende
interage
Eu mergulhei de cabeça nesse assunto durante cinco meses e identifiquei alguns pontos durante meu aprendizado:
Aplicação
1. não é hype
Você pode pensar:
“O metaverso também tinha esse hype e flopou, ninguém fala mais.”
“Isso é uma modinha, já já isso passa.”
Ou até você reconheça que tem coisas boas, mas não acha que vai tão longe assim, que é algo que vai mudar uma coisa aqui e a ali, mas nada muito relevante.
O metaverso foi uma aposta gigante do Mark Zuckerberg, tanto que ele mudou o nome do Facebook pra Meta.
E eu acredito que vai rolar, só não agora. As tecnologias como óculos de realidade virtual e aumentada não tá tão difundida ainda.
Mas há uma corrida de todos os grandes players do mercado pelo controle da atenção das pessoas.
E nesse sentido, as IAs já são uma realidade.
Pra o grande público, basta ter acesso a internet (algo banal hoje em dia) e você consegue usar um ChatGPT.
2. generalistas superam especialistas
A gente tá num período em que a IA ainda é chamada de IA Estreita, ou fraca. Ou seja, elas são criadas pra propósitos específicos. Elas não são generalistas. Eu não posso pedir pra uma IA de texto criar uma imagem ou fazer um bolo pra mim.
Em algum momento atingiremos AGI (Inteligência Artificial Geral), que teoricamente será capaz de substituir por completo os humanos. Mas ainda não chegamos nesse estágio.
Em um tempo de agentes e assistentes IA criados pra propósitos específicos, quem é generalista se sobressai pela capacidade de fazer várias coisas utilizando bom senso, percepção de contexto, criatividade e improviso.
3. ela precisa de explicações
Pensa comigo, se você for pedir pro seu estagiário fazer algo, você precisa explicar:
o que você quer;
como você quer;
dar informações, substância pra que ele faça.
Com IA é a mesma coisa (ainda). Você precisa dar contexto, dizer minuciosamente o que você precisa e não dar margem pra dúvidas, palavras subjetivas.
Instruções detalhadas, sem margem para ambiguidades.
E isso nos leva ao próximo ponto, que tá intimamente ligado com o 3.
4. aprenda sobre gente
Ela foi treinada com base no comportamento humano.
A base de dados na qual ela foi construida foi o que conhecimento que o ser humano possui, inclusive a forma de pensar pra poder responder da maneira mais parecida possível com um ser humano.
Um exemplo que eu gostei muito foi o do Bruno Picinini nas suas palestras.
Imagine que eu peço pra você: “faz um ovo pra mim”.
O que você entende que precisa fazer?
Criar um ovo do zero? Ir atrás de uma galinha pra chocar um ovo? Comprar um ovo? Fritar? Cozinhar? Fazer um omelete?
Mas a culpa não é sua. Eu não dei contexto, não especifiquei o que eu queria.
Eu dei pra margem pra você viajar e fazer o que você achasse que era melhor.
Com IA funciona do mesmo jeito.
Se você entender isso, você vai conseguir extrair o melhor das IAs.
Um bom prompt precisa de contexto, assim como um pedido a uma pessoa também precisa.
Sem contexto, as possibilidades são inúmeras, e com a IA, essa clareza é importantíssima.
5. é inevitável
Saber operar IAs de todos os tipos vai ser tão básico quanto ler e escrever. Mais vital do que saber mexer em computador.
Ela vai ser incorporada ao nosso smartphone, aos óculos VR, na sua Alexa, na sua geladeira, em tudo.
Os trabalhos, enquanto existirem vão exigir habilidades de interação com IA, desde a escrita de prompts eficazes até a integração de agentes IA com tarefas específicas de cada profissão.
E isso vai acontecer porque vai ser vantajoso pra as empresas, por isso ela é inevitável.
6. a competição é injusta
Simplesmente elas fazem tarefas rotineiras com mais eficiência, precisão, rapidez.
Elas não têm contratempos humanos (e legítimos) — não chora, não reclama, não fica doente, não tem dias ruins, não engravida, não enrola, não precisa de benefícios.
A lista é longa.
A automação dessas tarefas está transformando o mercado de trabalho, reduzindo custos operacionais e aumentando a produtividade de maneiras que antes eram inimagináveis.
E até agora ela não é generalista, mas ela um dia vai ser.
Não tem como eu e você competirmos em produtividade com uma máquina.
Empresas e profissionais que antes contratavam pessoas pra isso vão reduzir drasticamente custos operacionais automatizando tarefas rotineiras e previsíveis.
E não tem nada que eu e você possamos fazer a respeito disso a não ser transformar a forma como trabalhamos.
E isso nos leva ao último ponto.
7. tudo vai mudar
Todas as profissões vão mudar. Nenhum delas tá imune.
E algumas sequer vão existir em pouco tempo.
Eu já ouvi pessoas da área da saúde dizendo “ah, minha área não vai ser afetada por IA”.
Sim, ela vai.
Imagine você, médico, com uma IA integrada ao seu óculos VR poder ver um exame em tamanho real com uma IA identificando sinais de alguma doença.
Um advogado que pode dispensar todos os seus auxiliares por agentes IA.
Um arquiteto que pode criar layouts infinitos com poucos cliques.
A criação da conteúdo vai mudar.
O ensino talvez seja o que vai ser mais afetado. A educação vai sofrer uma disrupção nunca antes vista.
Até os relacionamentos vão mudar.
Provavelmente a gente tá diante da maior mudança de comportamento desde os smartphones.
conclusão
À medida que a gente avança no digital, é básico reconhecer que a Inteligência Artificial não é apenas uma tendência passageira, mas algo que tá transformando todos os aspectos de nossas vidas.
Desde as tarefas mais simples até as mais complexas, a IA está se integrando com tudo em nossas rotinas, mudando a forma como a gente aprende, trabalha e interage.
Tem muitas oportunidades, mas isso também vem acompanhado de desafios.
Para aproveitar o máximo dessa tecnologia, a gente precisa:
se adaptar,
aprender e;
desenvolver novas habilidades.
Entender como a IA funciona, como se comunicar de forma eficaz com essas ferramentas e como integrar suas capacidades em nosso dia a dia vai ser tão importante ou mais do que saber usar um computador, como é hoje.
Essa revolução tecnológica tá só começando.
As profissões vão evoluir, novos mercados vão surgir e a forma de viver vai se transformar.
Pra pior ou melhor eu não sei.
Mas em vez de ter medo e negar essas mudanças, eu prefiro me preparar.
Veja como uma oportunidade de crescimento e inovação.