Desenvolvimento Pessoal Funciona?

Isso pode tornar tudo isso um grande pesadelo. Em vez de virar alguém disciplinado, você pode acabar indo na direção oposta.

Todo mundo já assistiu ou leu algum conteúdo motivacional.

A procura por livros de autoajuda cresceu 51% no Brasil até agosto de 2021.

Quem aqui não quer melhorar a versão de si mesmo? Melhorar a saúde, o corpo, as finanças, relacionamentos, dormir melhor, falar em público etc.

Toda hora a gente é bombardeado com a sensação de que estamos ficando pra trás, de que preciamos evoluir em algo.

Só que esse “algo” muda toda hora.

As redes sociais amplificaram muito esse mercado. Hoje está tudo mais acessível.

É impossível você acessar o instagram durante 15 minutos e eu não se deparar com algum perfil que vende um hack de mindset, uma técnica que promete resolver um problema insolúvel ou um curso que vai mudar sua vida pra sempre.

E isso acontece por alguns motivos:

1. Mercado de trabalho competitivo

   As pessoas estão buscando aprimoramento para habilidades que sejam úteis nas suas profissões. Mercado da autoajuda movimentou R$41,2 Bilhões no mundo em 2023 (Custom Market Insights).

2. Sistema de ensino deficiente

   O sistema de ensino atual forma só o básico do profissional (e olhe lá) também deixa uma lacuna gigante de habilidades que os profissionais sentem falta de ter aprendido e agora precisam buscar em outras fontes. E elas buscam nas redes sociais. O YouTube, por exemplo, é a maior instituição de ensino descentralizado do mundo.

3. Saúde mental

   As pessoas estão infelizes, frustradas e no meio desses sentimentos elas veem vidas incríveis nas redes sociais e querem ter isso.

Algumas pessoas aproveitaram essa demanda e ganharam muito dinheiro.

É benéfico pra quem consome e também pra quem trabalha com isso.

Mas antes de mais nada, uma ressalva:

É preciso entender que existem pelo menos 3 tipos de criador de conteúdo de desenvolvimento pessoal:

1. picaretas, aproveitadores.

2. bem intencionados, mas de conteúdo raso, superficial.

3. agregadores de muito valor com o seu conhecimento.

A Desconfiança

Nesse contexto, as pessoas ficam desconfiadas.

E com razão.

Mas daí surgem opiniões que eu discordo, como:

1. “Desenvolvimento pessoal é besteira”;

   Todo mundo está buscando se desenvolver de alguma forma.

   Melhorar hábitos, rotina, relacionamento, tudo isso é desenvolvimento e não vejo porque isso seria ruim, por si só.

2. “Isso é coisa de desocupado, tem é que trabalhar”.

   Pra trabalhar é necessário produtividade, concentração e habilidades técnicas na área que você atua. E como eu posso trabalhar melhor?

   Me desenvolvendo. E eu não consigo dissociar o profissional da pessoa, como na série Ruptura. Uma coisa afeta a outra.

3. “Você não precisa de autoajuda, você precisa de ajuda do alto.” - Padre Léo

   Eu até concordo com essa frase no contexto em que ela foi dita.

   O problema é que as pessoas confundem cura interior, espiritual, com formas de melhorar o desempenho em situações específicas.

O bom é que o mesmo Padre Léo traz a resposta pra essa objeção.

💡 “Cura Interior não é Auto Ajuda” - Padre Léo

Se você está buscando em livros um sentido pra a vida ou propósito ou algo que cure esse vazio que existe dentro de você eu te falo: você só vai encontrar em Cristo.

Você pode até se dedicar a um hobbie que seja seu propósito, pode iniciar uma jornada de autoconhecimento profundo que vai ter levar a lugares incríveis.

Mas satisfação mesmo, contentamento pleno, a sensação de que não falta mais nada, isso realmente só vai ser preenchido com Jesus.

💡 “O homem tem um vazio do tamanho de Deus.” - Agostinho de Hipona

Mas se você está buscando aprimorar uma técnica de criatividade, desenvolver oratória, começar um negócio, então tudo bem buscar livros de autoajuda.

Resposta às Objeções

É fundamental compreender que a busca pelo aprimoramento não é apenas legítima, mas também necessária para enfrentar os desafios da vida e do mercado de trabalho.

Mas diante dessas objeções, algumas coisas precisam ditas:

1. Você não quer mudar

2. Você não é especial

3. A indústria da autoajuda não quer que você mude

E é sobre isso que vamos falar na próxima Newsletter, semana que vem.

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